Sua construção se estendeu de 1760 a 1765. É a mais suntuosa da cidade, com rica talha dourada de Francisco Antônio Lisboa e Manuel Pinto. Possui um órgão trabalhado em ouro, onde já tocou José Américo Lobo de Mesquita, um dos maiores músicos sacros setecentistas da América Latina. As pinturas do forro foram confeccionadas por José Soares de Araújo, gênio comparado ao Mestre Ataíde. Quem financiou a construção da igreja foi o contratador João Fernandes de Oliveira, o homem mais rico de Diamantina até então, cuja amante fora a escrava Chica da Silva. Conta-se que a razão da torre estar na parte traseira do prédio se deve a uma exigência e também provocação de Chica, que se "incomodava" com o repicar dos sinos, tão próximo de sua casa. Diga-se de passagem: a Ordem do Carmo era frequentada pela alta sociedade de pele branca, que discrimavam Chica.
Texto: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA. |