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Matéria - Diamantina

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Diamantes, Chica e JK

Texto e Fotos (exceto as creditadas): Marcelo JB Resende. Reprodução proibida.



Patrimônio Cultural da Humanidade (Unesco)

 

Não eram estrelas que brilhavam no céu noturno de uma porção caprichosa da Serra do Espinhaço. Eram os diamantes do Tijuco, refletidos lá em cima, tamanha a quantidade existente no leito dos rios. Um mar de estrelas, um palco distante... Sua história, assim como suas preciosas pedras, foram lapidadas pelo suor, pelo fausto e pela ambição. Esta é Diamantina, terra de Chica e JK.




A cidade fica na borda do Espinhaço, praticamente dividindo as bacias do rio São Francisco e do rio Jequitinhonha. É um lugar diferente, isolado e por isso mesmo ainda mais fascinante. Despontou bem mais ao norte, distante dos tradicionais centros auríferos do séc. XVIII. Os desbravadores chegaram em busca de ouro, mas não demorou para que descobrissem que a vocação daquela terra era outra. Uma vocação que consumiu milhões de anos da natureza e presenteou o homem com uma verdadeira preciosidade.



Painel de Yara Tupinambá, retratando Chica da Silva, na praça da Unesco.

A viagem pela estrada até Diamantina é reveladora e muito agradável. Até as montanhas são diferentes. As rochas brotam do solo nuas e em profusão, pontilhando a paisagem e formando mosaicos. Eis que do nada surge o antigo Arraial do Tijuco, com suas igrejas, seu casario e suas narrativas surpreendentes de uma era inesquecível, povoada de personagens curiosos. Parece mais um presépio incrustrado na rocha bruta das montanhas que o cercam.


Neste presépio reinou, em meados do séc. XVIII, Chica da Silva, a escrava que virou rainha. Na qualidade de amante do contratador - que detinha a concessão real para explorar as lavras diamantíferas - mandava e desmandava na cidade. Está aí uma das histórias mais deliciosas de Minas Gerais, por vezes transformada em caricatura da emergente e complexa sociedade que se estabeleceu na província nos anos setecentos.

 

Diamantina é destino obrigatório no amplo circuito turístico de Minas Gerais. Seu legado vai além dos diamantes; inclui filhos ilustres, como Juscelino Kubitschek, o presidente que fez o Brasil crescer "50 anos em 5".



Rua São Francisco.


Catedral de Santo Antônio (1940), no centro da cidade.


Casario da rua do Amparo.


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