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Matéria - São Lourenço

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Solo abençoado - História Fluída

Texto e fotografia (exceto as creditadas): Marcelo JB de Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.



Alcançar a bacia do Rio Verde foi um desafio para os primeiros bandeirantes vindos de São Paulo. No caminho precisaram transpor a imponente Serra da Mantiqueira, um duro e ao mesmo tempo delicioso obstáculo, repleto de belas paisagens, muito verde e abundantes águas.




Corria o século XVII e o Caminho Velho, ligando Minas ao litoral, começava a ser desenhado. Serpenteava pelas montanhas, encontrando pelo caminho índios na maioria das vezes ferozes, como os Cataquases, que eram os senhores do local onde hoje se encontra São Lourenço. Esta numerosa tribo se estendia por uma vasta área do sul e sudeste de Minas.

 

Lourenço Castanho Tazques conseguiu vencer os Cataguases em 1675 e fundou na região um pequeno acampamento que passou a ser chamado "Pouso do Lourenço". Logo depois receberia o nome de "Sítio do Mendanha", por influência de uma personalidade da qual pouco se sabe. As propriedades das águas minerais foram descobertas no século XIX, quando as terras pertenciam a João Francisco Viana e Camilo de Lellis Pinto. Por conta disso veio a terceira denominação: águas do Viana. A notícia se espalhou e não demorou para que chegasse aos ouvidos do comendador Bernardo Saturnino da Veiga. Ele adquiriu as terras para construir a Cia de Águas Minerais São Lourenço.



Remanescente da Fazenda Sharp, construção mais antiga da cidade.

São Lourenço deixaria de ser um lugar perdido no mapa em 1891, quando recebeu o atual nome e por lei estadual se tornou distrito do município de Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas). Data de 1892 a construção da Igreja Bom Jesus do Monte, consagrada a São Lourenço, uma homenagem ao pioneiro Cel. Lourenço Xavier da Veiga (pai do comendador Veiga), um dos pioneiros da cidade que acabava de nascer.


A fama das águas tomaria grande impulso em 1905. Afonso França comprou as terras do comendador Bernardo Saturnino da Veiga, assumindo a autorização do Estado para exploração das fontes. França construiu prédios, adquiriu maquinário e fez um excelente trabalho de divulgação. Com a sua morte a Companhia de Águas passou pelo controle de várias firmas. Em 1927 foi criado o município de São Lourenço, desmembrando-se de Pouso Alto. Já bastante famosa, a estância foi destino obrigatório de presidentes e pessoas ilustres. Um Pau Brasil, plantado pelo presidente Getúlio Vargas em 1931, permanece até hoje como testemunha de sua passagem. Não era para menos, a cidade se tornara uma referência, um ícone do bem-estar proporcionado pelas águas de Minas.




Dois presidentes em São Lourenço - Getúlio Vargas (à esquerda) e Juscelino Kubitschek (à direita).


Passeio de charrete.


Presenças ilustres.


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