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Matéria - Parque Estadual do Rio Preto

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Exuberância cênica

Texto e fotos: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.



Uma palavra que pode definiar o Parque Estadual do Rio Preto é "vastidão". Seu terreno acidentado permite o deleite e a contemplação em vários mirantes, onde a natureza exibe o que tem de mais belo e precioso. Os afloramentos rochosos, marcantes em toda a região, se mesclam a uma vegetação que esbanja cores e formas curiosas. Andar pelas trilhas é descobrir, com olhos atentos, segredos "mais" ou "menos" guardados do Cerrado. A floração das Sempre-vivas é "sempre" um espetáculo, quando literalmente explodem e enchem de mais vida os caminhos para belas cachoeiras e corredeiras.




Como retrato de sua excelente estrutura, o PERP tem catalogado vários passeios, a maioria monitorada, divididos em roteiros como o "Praias de Rios e Cachoeiras", o "Convivência com Fauna e Flora", "dos Mirantes" e "das Pinturas Rupestres". Cada roteiro pode ser percorrido no todo ou em partes, através de várias trilhas avulsas ("das Corredeiras", "Chapada do Couto", "das Cachoeiras", da "Forquilha" e "do Cerrado"), variando em grau de dificuldade e extensão. Desta forma é possível agradar aos mais variados grupos, dos mais aventureiros aos mais, digamos, "descansados". Há trajetos que só podem ser feitos com o acompanhamento de um guia local, com horário de saída e chegada, enquanto que para outros a vistação é liberada (sem prejuízo do respeito às regras informadas no Centro de Visitantes). Toda informação pode ser conseguida na portaria e na sede do parque.



Cachoeira Sempre-viva, na trilha das Cachoeiras.

O córrego das Éguas e o rio Preto formam, ao longo de sua descida, dezenas de poços e praias bucólicos, sempre um convite para um refrescante banho em águas límpidas, sem qualquer poluição.  Os mais conhecidos são o poço do Veado (apontado por muitos como o mais belos), a Prainha, a Forquilha, o poço de Areia, o poço Vau Bravo, o poço Vau das Éguas... Mas há inúmeros outros, que podem ser batizados conforme o prazer e as sensações que produzem em seus visitantes. No PERP é possível ter privacidade, sentir-se "exclusivo", ter a paz de uma solidão e silêncio sadios... Cachoeiras maiores são três (do Crioulo, Sempre-viva e Vargem Grande). As duas primeiras, no córrego das Éguas, são as mais procuradas e fazem da Trilha das Cachoeiras o percurso "famoso". Como tudo na vida, exige um certo esforço, devidamente recompensado. 


E o que falar dos mirantes? No caminho para cada atração do PERP, eles são pontos de parada, de retomada de energia e de deslumbramento. A partir deles o visitante tem uma ideia da grandiosidade e beleza cênica que envolvem esta importante unidade de conservação de Minas Gerais. Os afloramentos rochosos, mesclados com uma vegetação de cores vivas e contorno dramáticos. Tudo é impactante e desconcertantemente novo. 

 

Na Trilha das Cachoeiras são três mirantes (Monjolo, da Pedra e do Lajeado), com vista para o morro Dois Irmãos e para o vale do córrego das Éguas. Já na entrada do parque estão o da Estrada Real (vista para o rio Preto) e o da Lapa (vista para o norte). 


O mais fascinante mirante é também o mais alto do parque. Trata-se do morro Dois Irmãos, mais precisamente o segundo mais alto de toda a Serra do Espinhaço. São 1.825 metros de altitude que impressionam não apenas pela bela vista de 360 graus, mas também pelo caminho que nos leva até lá. Não é para qualquer um (afinal são dois dias de caminhada), mas aos que encaram este desafio a natureza brinda com um trajeto cheio de surpresas, com lindos campos de Sempre-vivas e gramíneas com variadas cores e matizes. Cenário de filme.

 

O morro Dois Irmãos só perde em altitude para o Pico do Itambé, no vizinho parque estadual homônimo. Os dois gigantes do Espinhaço são unidos por uma travessia deslumbrante, que irmana duas unidades de conservação. 



O córrego das Éguas serpenteia formoso pelo vale.


Poço do Veado, para muitos o mais belo.


Cachoeira do Crioulo, o cartão-postal.


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