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Matéria - Parque Estadual do Rio Doce

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Je crois en Dieu!

Texto e fotos: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.



Traduzida do francês a frase acima significa “eu creio em Deus” e foi dita pelo capitão Thomas Guido Marliére no início do século XIX. Do alto de um pico de Minas Gerais, cujo nome atual Jacroá (Jê croá em diê) pode ter derivado da expressão francesa, Marliére se deslumbrou com uma paisagem idílica, de densa floresta tropical salpicada por inúmeros e plácidos espelhos d’água. Diante de tal deslumbramento, nada demais na frase. Acontece que existia um detalhe: há quem defenda que Marliére era ateu. Verdade ou não, a expressão é muito oportuna. Ainda hoje não há quem não se impressione e seja capaz de rever seus mais profundos conceitos ao testemunhar tamanha visão.




Do alto é que se tem a real dimensão do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), um extenso tapete verde de 35.973 hectares que forra parte de uma região conhecida como Vale do Aço, em Minas Gerais. A intensa atividade industrial, capitaneada pela siderurgia, contrasta com este imenso santuário natural, reconhecido como a maior reserva contínua de Mata Atlântica de Minas Gerais e parte integrante do maior complexo lacustre do estado, sendo o terceiro do Brasil, só perdendo para a Amazônia e o Pantanal. Na região estão cerca de 150 lagoas, das quais 42 (37 permanentes) estão dentro do parque. Este mundo de verde e água trouxe para esta, que foi a primeira unidade estadual de conservação florestal criada em Minas Gerais, o reconhecimento internacional em 1993 como Reserva da Biosfera de Mata Atlântica, pela Unesco, e em 2010 como Sítio Ramsar, categoria internacional de classificação de áreas úmidas.



A bucólica praia Dom Helvécio.

A maior justificativa para a existência do parque é a preservação do bioma Mata Atlântica, um dos mais ameaçados do mundo. Para se ter uma ideia, atualmente o Brasil possui apenas 7% de sua Mata Atlântica original. Em Minas a situação é mais estarrecedora (apenas 3%). E não se trata de qualquer ecossistema. O número de espécies por hectare é maior que o da floresta Amazônica.


O PERD é essencialmente um local para descanso e contemplação Lugar para ver o tempo passar, sem pressa. Está entre os mais visitados parques mineiros e possui uma excelente infraestrutura, disponibilizando uma ampla área de camping (com banheiros, churrasqueiras e pias individualizadas), confortáveis alojamentos com banheiro privativo, restaurante, estacionamento, aluguel de barcos e equipamentos para pesca, trilhas monitoradas...

 

Também é importante pólo de estudos, recebendo pesquisadores da fauna e da flora que se embrenham nos segredos lá guardados. Excursões de estudantes, de escolas públicas e privadas, frequentemente o visitam. Seja a estudo ou a lazer, estar no Parque Estadual do Rio Doce é ver uma fotografia do passado natural de Minas Gerais, quando a Mata Atlântica era uma regra no leste mineiro, e não uma exceção.



Praia Dom Helvécio.


Do alto a imensidão verde encanta.


Centro de visitantes.


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